terça-feira, 27 de julho de 2010

Bang! Bang! Tarantino

Perdendo o início de Rastros de Ódio [The Searchers, EUA, 1956, cor, 119 min-12 anos] do diretor John Ford, ajeitei-me na cadeira de balanço do CCSP e assisti meu primeiro western. John Wayne merece ser lembrado e o sotaque dos texanos, não esqueço. Debbie, a sobrinha, foi a grande motivação desse veterano da Guerra Civil que, por anos, persegue Scar e sua tribo Comanche, sem mencionar os escalpes guardados como troféu pele chefe pele vermelha. Meu olhar nada treinado não fez conexões entre esse filme e Kill Bill, mas, aos final só pensava: -Devo me referir ao senhor como Capitão ou como Reverendo? e -Texas Ranger! Enquanto saboreava rapidamente meu pastel assado de brócolis com tofupiry (frio) na fila para a próxima sessão, o indivíduo atrás de mim falava com destreza da má qualidade do filme Django Kill [Se sei vivo spara, Espanha/Itália, 1967, cor, 117 min-16 anos] e de seu péssimo roteiro. A leiga aqui se corroeu por não entender de qualidade de roteiro e ansiou ainda mais por conhecer melhor a sétima arte. Sentada entre um cara de odor estranho e um nerd que conversava com o filme, embarco no próximo spaghetti... A Morte Anda a Cavalo [Da uomo a uomo, Itália, 1968, cor, 112 min-14 anos] com os mestres Lee Van Cleef e John Phillip Law (que eu achei ter parentesco com Jude Law, ledo engano). A trilha sonora assinada por Ennio Morricone lembrou-me Durango Doug, aquele personagem nascido da imaginação desmedida de Doug Funnie. Este sim, remete a Kill Bill, tanto nos flashblacks em laranja quanto no tiro na lamparina que incendeia a casa para que nenhum rastro permaneça. Poupar a criança para que um dia ela vingue seus entes queridos (Oren-Shi), também soa familiar. Só para variar perdi a sessão das 20h00, como sempre lotada. Com o sono tomando conta, caminhei da Paraíso até a Consolação observando os edifícios da Paulista avenue ao som de Tudo Diferente da Maria Gadu, sentindo uma enorme solidão. Contudo, após atravessar o quarto farol, flertei com um skatista e logo essa sensação passou, afirmando-me p quão liberto e inexorável (essa tirei do filme Solo com o Abujamra) é estar sozinha. Arrebatei a noite com um cupcake vegano e minhas anotações no metrô.

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